
Somos lidos antes de sermos ouvidos.
- Ellen Cristina Santos
- há 5 dias
- 2 min de leitura
“Somos lidos antes de sermos ouvidos.”
Essa frase revela uma verdade silenciosa sobre a forma como o mundo nos percebe: antes que nossa voz se manifeste, antes que nossas ideias sejam explicadas, antes que nossos valores sejam compreendidos — somos interpretados. O olhar do outro faz uma leitura preliminar de quem somos, seja pelo que vestimos, pelo que publicamos, pelo que compartilhamos, pelo modo como entramos em um ambiente, ou até pela forma como nos colocamos diante da vida.
Vivemos em uma sociedade que lê sinais, que decodifica gestos, que constrói narrativas a partir de fragmentos. E, muitas vezes, somos julgados não pelo que dizemos, mas pelo que parecemos dizer antes mesmo de falar. Há quem seja lido como forte quando, por dentro, está se reconstruindo. Há quem seja lido como frágil, quando, na verdade, carrega uma coragem gigante. Há quem seja lido como arrogante, quando, na verdade, está apenas protegendo suas vulnerabilidades. Há quem seja lido como invisível, embora carregue um universo inteiro de potência e história.
Por isso, refletir sobre essa frase é também refletir sobre presença, identidade e responsabilidade comunicativa:
O que minha postura comunica antes de qualquer palavra?
Como estou sendo lido no silêncio?
E, mais profundamente, como quero ser lido?
Não controlamos completamente a leitura que fazem de nós, mas podemos escolher qual mensagem intencionalmente entregamos ao mundo. O tom da nossa presença, o cuidado com o que deixamos transparecer, a coerência entre discurso e vida — tudo isso fala antes da fala.
Mas há também um outro lado: se somos lidos antes de sermos ouvidos, talvez devamos aprender a ler o outro antes de julgá-lo.
Ler com empatia, não com rótulos.
Ler com curiosidade, não com pressa.
Ler com humanidade, e não com filtros sociais automáticos.
A pergunta que fica é:
Se hoje alguém “lê” sua vida antes de ouvir sua voz, o que ela está entendendo?
E isso representa quem você realmente é — ou apenas o que sobrou da pressa do mundo?
Porque, no fim, a fala confirma ou desmente a leitura.
E quando palavra e presença se encontram, aí sim, somos ouvidos de verdade.
Deixe seu pensamento nos comentários. Quero muito continuar essa conversa com você.
Profª Ellen Cristina
02.11.2025


Olha olha olha, nem sempre paramos para pensar nisso. Realmente somos lidos antes mesmo de falar. Quantas foram as vezes que julguei "aff aquela deve ser ...." apenas por observar de longe. Algumas vezes julgamos até certo, outras perdemos grandes amizades.
E quem ia parar para se auto avaliar tendo a visão contrária do seu próprio julgamento? Ué se eu olhei e não gostei sem oportunidade de ouvir talvez façam o mesmo comigo.
É para refletir, adorei isso.
Como estou sendo visto? Estou sendo ouvido? Vou ler isso mais algumas vezes
Não importa como vão te lê, o que realmente importa é ser vc, quantas pessoas deixa de viver ou vivem pra agradar .... Temos que viver sem medo do que vão julgar. Afinal, as pessoas já fazem isso, sem menos dá uma chance de conhecer.
Então, viva, seja vc!!
É o que realmente importa, o que está dentro de vc sz.